2 de ago. de 2010

Mais de 10 mil pessoas baixaram vídeo de adolescentes em cenas de sexo no Rio Grande

SÃO PAULO - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul tenta identificar mais de 10 mil internautas que fizeram download de um vídeo em que dois adolescentes de Porto Alegre aparecem em cenas íntimas. O objetivo é saber quem postou as imagens com cenas de sexo gravadas via Twitcam, no Twitter, num site de compartilhamento de arquivos. O internauta poderá ser indiciado por divulgar imagens pornográficas.

Emerson Wendt, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos, já pediu à administração do site "4shared" informações sobre o internauta que postou o vídeo. As cenas foram transmitidas entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, em Porto Alegre.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), possuir ou armazenar material pornográfico envolvendo menores de idade configura pena de um a quatro anos de prisão e multa.

Ao comprovar que as cenas existiram e foram gravadas, o delegado conseguiu identificar os jovens. Eles foram chamados a prestar esclarecimentos na delegacia, onde foram acompanhados dos pais. O rapaz, de 16 anos, foi ouvido na segunda-feira, e a garota, de 14, nesta terça.

De acordo com as informações prestadas pelos jovens, eles se conheceram pela internet há cerca de um mês. O primeiro encontro entre eles aconteceu na última sexta-feira. No domingo, eles voltaram a se encontrar e fizeram uma aposta. Num jogo de cartas on-line, o Uno, quem perdesse teria que tirar a roupa e se submeter às carícias do ganhador na webcam. A menina perdeu.

- Eles tiraram as roupas e fizeram carícias. Como as imagens estavam sendo transmitidas pela Twitcam, decidiram que teriam uma relação sexual se o número de acessos ultrapassasse 20 mil. O número de acessos chegou quase a 25 mil, mas a menina desistiu de consumar o ato e pediu que a câmera fosse desligada - informou o delegado Wendt ao GLOBO.

Segundo o delegado, os jovens são de classe média. Eles não foram apreendidos, porque não havia mandado judicial ou foram flagrados nas cenas. Por isso, eles foram liberados depois do depoimento. O caso será encaminhado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente, que deve enviar ao Ministério Público. O MP deverá decidir que tipo de medida socioeducativa será aplicada aos jovens.

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